segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Geopolítica do Oriente Médio - Parte I

O Oriente Médio é onde se localiza os maiores produtores mundiais do petróleo. Ao dizer-lhes isso, logo muitos pensam que é um território rico, mas não é e vou lhes explicar o motivo.
O fato de possuir muitos países produtores mundiais de petróleo não interfere no índice de desenvolvimento humano e nem no saneamento básico. Por isso, o território sofre de grande sub-desenvolvimento, falta de energia e saneamento básico, pois isso exige investimento na área social.
Além destes fatores, neste território a democracia não prevalece e há muitos conflitos internos relacionados a religião pelo fato de no Oriente Médio estar presente três religiões monoteístas: judaísmo, islamismo e cristianismo.
O islamismo divide-se em dois grupos: xiitas (moderados) e os sunitas (radicais).
Nos tempos antes de Cristo, os judeus estavam sendo atacados constantemente pelos babilônios, sírios e por último pelos romanos, logo no ataque dos romanos deu-se início a diáspora, quando os judeus espalharam-se pelo o mundo.
Então veio a Segunda Guerra Mundial, período nazista e de grande perseguição aos judeus. Houve então a criação do estado de Israel, um estado judeu, para reunir os judeus que estavam sendo perseguidos pelos nazistas, mas a criação do estado de Israel implicou no surgimento de um conflito, pois os palestinos não aceitaram a criação de Israel e nem os árabes, porque achavam que estavam perdendo um território que eram deles.
Assim iniciaram conflitos árabes-israelenses como a Guerra de Suez (quando houve a nacionalização do canal de Suez, quem o dominaria seria o Egito), Guerra dos Seis Dias, Guerra de Yom Kippur (quando o egito anexou a península do Sinai através do acordo de Camp David) e a 1º intifada, que foi quando crianças palestinas tacavam pedras em soldados israelenses.
Yasser Arafat líder da (OLP- Organização para a Libertação da Palestina) resolveu então a chegar a um acordo com os israelenses. Reuniram-se Yasser Arafat e Ytzhak Rabin em Washington e entraram em um acordo, que os israelenses devolveriam a Gaza e a Cisjordânia (territórios ocupados pelos judeus na Guerra da Independência do Estado de Israel) aos palestinos.
Não durou muito tempo, iniciou a 2º intifada com constantes conflitos entre árabes e israelenses e tudo piorou quando Ariel Sharon, primeiro-ministro de Israel, culpou Arafat de estar promovendo atentados contra Israel, assim Israel começou a bombardear os palestinos na faixa de Gaza.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Marido e Mulher

Paulo Mendes Campos

- Arnaldo, você é o fino: aqui em casa não tem uma gota d’água há cinco dias e você está uma pilha. Acho perfeitamente normal, meu bem, que você esteja nervoso… Mas você está com raiva é de mim, você está agindo como se fosse eu a responsável pelo fato de não ter água no Rio de Janeiro.
- Teresa, vou ser franco com você: você é a responsável pelo fato de não ter água no Rio de Janeiro. Tá bem?
- Não morei na piada.
- Não tem piada nenhuma. Estou falando português claro: você é a culpada pela falta d’água aqui em casa.
- Essa, não!
- Mas é claro que você é a culpada: toda mulher é culpada quando falta água em casa.
- Essa é a maior!
- Pois fique sabendo dum princípio banal: a mulher é a responsável pelas coisas que acontecem dentro de casa. Ela é a secretária administrativa, a gerente do lar!
- Mas o caso é que a água não acontece dentro de casa, a água vem lá de fora dentro dum cano. Tá?
- Teresa, quando um marido chega e as torneiras estão secas a culpa é exclusivamente da mulher. Não tenha sobre isso a menor dúvida.
- Mas isso é uma injustiça. O que eu posso fazer?
- Não sei: o problema é seu.
- Você hoje está muito engraçadinho.
- Escute, minha filha: a humanidade é dividida em homens e mulheres, é ou não é? Tanto numa tribo do Araguaia como no Rio, os homens cuidam dumas tantas coisas, as mulheres de outras. Na civilização cristã, a mulher toma conta da casa, o homem em geral trabalha fora. Estou certo ou errado? Logo…
- Mas espera aí…
- Logo, as mulheres são as responsáveis pela falta d’água.
- Francamente, você como sociólogo não fazia nem para o café. Que culpa tenho eu, a pobre Teresa, pelo fato de os prefeitos do Rio terem politicado o tempo todo?
- Que culpa? Uma parte da culpa, claro.
- Que parte?
- A parte que afeta a vida de casa. Os homens têm a outra parte. Morou? Falta d’água: culpa das mulheres; bagunça dos transportes: culpa dos homens.
- Estou começando a entender seu ponto de vista.
- Não é ponto de vista nenhum: é um fato trivial.
- Só não admito que as mulheres sejam culpadas pela falta d’água. Eu não entendo de água! Como é que eu, tomando conta de casa o dia inteiro, vou saber se o Governo fez ou não fez a adutora do Sandu?
- Do Guandu… Já disse que o problema é seu. Por que você não saiu em praça pública, não protestou, não botou fogo na Prefeitura ou no prefeito? O que você devia ter feito eu não sei.
- Venha cá. Não seria mais lógico que os homens ficassem encarregados dessa parte do abastecimento d’água? O que eu não me conformo é com a água…
- Seria se os homens é que ficassem em casa. Aliás, nisso você tem inteira razão: sempre achei que os homens deviam tomar conta de casa e que as mulheres deveriam sair para trabalhar. Perfeito.
- Eu não estou dizendo isto…
- Mas eu estou. Não estou brincando, não. A mulher tem muito mais capacidade de trabalhar do que o homem. Sempre admirei a ordem e a eficiência com que trabalham. Mulher exatamente só não tem vocação é para tomar conta de casa. São umas caóticas totais. Você vê um homem no escritório ou na repartição: trabalha chateado, reclamando, esquece as coisas, confunde tudo. E vê a mulher: mulher trabalha de bom humor! Agora, você quer ver um homem feliz: manda, por exemplo, ele organizar um almoço. Como é que ele faz tudo direitinho, muito satisfeito, não se esquece de nada, sai tudo uma beleza! Olhe aqui: um homem dentro duma cozinha é a imagem da felicidade! Mas a mulher vai para a cozinha como se fosse para o inferno.
- Você está ficando biruta.
- Biruta é a minha querida sogra. Estou dizendo uma coisa simples, uma coisa que a gente pode ver a toda hora. Primeiro: mulher se realiza no emprego; o homem uiva para ganhar a vida. Segundo: o homem é um frustrado porque gosta e tem jeito para cuidar de casa; mulher não sabe cuidar de casa, mulher detesta cuidar de casa! Isso ninguém me tira da cabeça.
- Pois para mim esta sua ideia é novidade.
- Novidade ou não, é a pura verdade. Você já olhou bem a cara dum homem quando ele lá um dia resolve encerar a casa? É uma cara de absoluta plenitude. E como os homens enceram bem! Agora, você reparou na cara duma mulher que vai trocar uma lâmpada? É a cara da vítima! A cara do casamento fracassado! Ela destorce a lâmpada queimada como se estivesse na cadeira elétrica!
- Ah, não, meu filho, isso é porque mulher tem medo de choque.
- Pois é: medo de choque… Mulher tem medo de choque mesmo com a eletricidade desligada… Não, minha filha, as coisas estão erradas, mas um ponto é indiscutível: o homem é um animal doméstico e a mulher é um animal social; o homem gostaria de organizar a casa e a mulher gostaria de organizar as coisas públicas; trabalho em casa devia ser para os homens; trabalho fora, para as mulheres. É claro.
- Queria ver você lavando as fraldas do Antônio Henrique…
- Lavaria, por que não? Lavar fralda é uma coisa chata para qualquer sexo, é um ônus… Mas isso não tem nada a ver com a história.
- Eu ficaria convencida se você fosse lá dentro e me preparasse uma laranjada bem geladinha, com pouco açúcar.
- Com o maior prazer!

(Obra retirada do facebook de Leonardo Valdez).

Meu ideal seria escrever...

Rubem Braga

Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse -- "ai meu Deus, que história mais engraçada!". E então a contasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclusa, enlutada, doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria -- "mas essa história é mesmo muito engraçada!".

Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a mulher, a mulher bastante irritada com o marido, que esse casal também fosse atingido pela minha história. O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que esta, apesar de sua má vontade, tomasse conhecimento da história, ela também risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem os dois a alegria perdida de estarem juntos.

Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera a minha história chegasse -- e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria; que o comissário do distrito, depois de ler minha história, mandasse soltar aqueles bêbados e também aqueles pobres mulheres colhidas na calçada e lhes dissesse -- "por favor, se comportem, que diabo! Eu não gosto de prender ninguém!" . E que assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e espontânea homenagem à minha história.

E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse atribuída a um persa, na Nigéria, a um australiano, em Dublin, a um japonês, em Chicago -- mas que em todas as línguas ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto surpreendente; e que no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio e muito velho dissesse: "Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda a minha vida; valeu a pena ter vivido até hoje para ouvi-la; essa história não pode ter sido inventada por nenhum homem, foi com certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos de um santo que dormia, e que ele pensou que já estivesse morto; sim, deve ser uma história do céu que se filtrou por acaso até nosso conhecimento; é divina".

E quando todos me perguntassem -- "mas de onde é que você tirou essa história?" -- eu responderia que ela não é minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que por sinal começara a contar assim: "Ontem ouvi um sujeito contar uma história...".

E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre está doente e sempre está de luto e sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro.

(Obra retirada do facebook de Leonardo Valdez)

A cabra e Francisco

Carlos Drummond de Andrade

Madrugada. O hospital, como o Rio de Janeiro, dorme. O porteiro vê diante de si uma cabrinha malhada, pensa que está sonhando.

- Bom palpite. Veio mesmo na hora. Ando com tanta prestação atrasada, meu Deus.

A cabra olha-o fixamente.

- Está bem, filhinha. Agora pode ir passear. Depois volta, sim?

Ela não se mexe, séria.

- Vai cabrinha, vai. Seja camarada. Preciso sonhar outras coisas. É a única hora em que sou dono de tudo, entende?

O animal chega mais para perto dele, roça-lhe o braço. Sentindo-lhe o cheiro, o homem percebe que é de verdade e recua.

- Essa não! Que é que você veio fazer aqui, criatura? Dê o fora, vamos.

Repele-a com jeito manso, porém a cabra não se mexe, encarando-o sempre.

- Aiaiai! Bonito. Desculpe, mas a senhora tem de sair com urgência, isto aqui é um estabelecimento público. (Achando pouco satisfatória a razão). Bem, se é público devia ser para todos, mas você compreende... (Empurra-a docemente para fora, e volta à cadeira).

- O quê? Voltou? Mas isso é hora de me visitar, filha? Está sem sono? Que é que há? Gosto muito de criação, mas aqui no hospital, antes do dia clarear... (Acaricia-lhe o pescoço.) Que é isso! Você está molhada? Essa coisa pegajosa...O que: sangue?! Por que não me disse logo, cabrinha de Deus? Por que ficou me olhando assim feito boba? Tem razão: eu é que não entendi, devia ter morado logo. E como vai ser? Os doutores daqui são um estouro, mas cabra é diferente, não sei se eles topam. Sabe de uma coisa? Eu mesmo vou te operar!

Corre à sala de cirurgia, toma um bisturi, uma pinça; à farmácia, pega mercúrio-cromo, sulfa e gaze; e num canto do hospital, assistido por dois serventes, enquanto o dia vai nascendo, extrai da cabra uma bala de calibre 22, ali cravada quando o bichinho, ignorando os costumes cariocas da noite, passava perto de uns homens que conversavam à porta de um bar.

O animal deixa-se operar, com a maior serenidade. Seus olhos envolvem o porteiro numa carícia agradecida.

- Marcolina. Dou-lhe este nome em lembrança de uma cabra que tive quando garoto, no Icó. Está satisfeita, Marcolina?

- Muito, Francisco.

Sem reparar que a cabra aceitara o diálogo, e sabia o seu nome, Francisco continuou:

- Como foi que você teve ideia de vir ao Miguel Couto? O Hospital Veterinário é na Lapa.

- Eu sei, Francisco. Mas você não trabalha na Lapa, trabalha no Miguel Couto.

- E daí?

- Daí preferi ficar por aqui mesmo e me entregar a seus cuidados. Não posso explicar mais do que isso, Francisco. As cabras não sabem muito sobre essas coisas. Sei que estou bem ao seu lado, que você me salvou. Obrigada, Francisco.

E lambendo-lhe afetuosamente a mão, correu os olhos para dormir. Bem que precisava.

Aí Francisco levou um susto, saltou para o lado:

- Que negócio é esse: cabra falando?! Nunca vi coisa igual na minha vida. E logo comigo, meu pai do céu!

A cabra descerrou um olho sonolento, e por cima das barbas parecia esboçar um sorriso:

- Pois você não se chama Francisco, não tem o nome do santo que mais gostava de animais neste mundo? Que tem isso, trocar umas palavrinhas com você? Olhe, amanhã vou pedir ao Ariano Suassuna que escreva um auto da cabra, em que você vai para o céu, ouviu?

Estrambote

Que um dia Francis Jammes abra
lá no alto seu azul aprisco.
Mande entrar Marcolina, a cabra,
e seu bom amigo Francisco.


(Obra retirada do facebook de Leonardo Valdez)

Tipos de clima da Ásia

A Ásia, por ser um continente extenso de oeste a leste e de apresentar influências no clima como por exemplo o relevo, possui diversos climas. São eles:

Equatorial: É um clima quente e chuvoso com temperaturas médias de 25 ºC para cima presente em áreas onde a linha do Equador se encontra, como na Indonésia, Malásia e sul das Filipinas. Sua amplitude térmica anual é de 2 ºC.
A vegetação presente neste clima é de florestas densas, heterogêneas e úmidas, (floresta equatorial e tropical).

Tropical: Este já é um clima com temperaturas médias menores do que o equatorial, porém sua amplitude térmica anual é maior. Ocorre na Índia, Indochina e Filipinas. A vegetação presente neste clima também é de florestas. Já nas áreas secas encontramos uma vegetação herbácea (ervas) e arbórea (árvores).

Temperado: É mais presente no extremo oeste e leste por ser bastante influenciado pela maritimidade. O clima temperado é caracterizado por possuir as estações do ano bem definidas. Apesar de ser mais influenciado pela maritimidade, também é influenciado pela continentalidade devido a grande extensão territorial da Ásia, possuindo ai um curto período de estiagem.
Sua vegetação é a floresta temperada caducifólia, cujas folhas das árvores caem no inverno.

Árido e Semi-árido: Está presente no centro no continente, onde a disposição do relevo favorece o surgimento de áreas mais secas. Este clima possui temperaturas médias de 35 ºC a 40 ºC durante o dia e ao anoitecer as temperaturas caem para abaixo de 0 ºC.
A vegetação é xerófila, uma vegetação resistente à seca.
O povo que vive nesta região são nômades e pasteorizam ovelhas.

Frio de altitude: Como o próprio nome diz é um clima influenciado pela altitude e está presente em áreas montanhosas. É caracterizado por aparecimento de neve no pico das montanhas, uma vegetação herbácea de curta vida e quanto maior a altitude mais frio o local é.

Frio e Subpolar: O subpolar está presente em regiões de elevadas latitudes como na Sibéria, possui invernos longos e rigorosos, a temperatura não passa de 10 ºC, e solos cobertos por gelo por pelo menos metade do ano. No curto verão aparece a vegetação de tundra.
Já o frio neva durante 3 a 6 meses no ano e a vegetação é a de coníferas.

Subtropical: O clima subtropical possui verões quentes e invernos curtos. É dividido em subtropical úmido ou chinês (por estar presente no leste da China) e subtropical mediterrâneo.
O clima subtropical úmido é caracterizado, por possuir chuvas bem distribuídas durante o ano. Sua vegetação é a floresta subtropical, em que algumas árvores perdem as folhas durante a estação fria.
Já o clima subtropical mediterrâneo é caracterizado por possuir verões quentes e secos e chuvas durante o inverno. Sua vegetação é uma mata rala, pois já fora devastada dando lugar à agricultura.

Monções: Caracterizado por possuir invernos secos e verões chuvosos. Isso ocorre porque as massas de ar deslocam do continente para o oceano durante o inverno e durante o verão elas deslocam-se do oceano para o continente bastante úmidas.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

China

A China era um país muito fechado para o exterior. Ela tinha apenas o porto de Cantão para comércio com o exterior.
Este fato estava prejudicando muito os ingleses, que queriam comercializar com a China.
Visando acabar com os prejuízos, os ingleses apresentaram o ópio (forte entorpecente) aos chineses e viram ai um bom meio de comércio, o de drogas.
Com a população chinesa ficando cada vez mais dependente desta droga, o imperador chinês declarou ilegal o consumo do ópio, pois estava acabando com a capacidade produtiva da população chinesa.
Com isso, obviamente a Inglaterra não ficou nada satisfeita e com o apoio da França declarou guerra a China, inciando ai o período da Guerra do Ópio (1839-1842).
A China foi totalmente destruída e sendo assim obrigada a assinar o Tratado de Nanquim, que consistia em abrir 5 portos para o comércio exterior e como se não bastasse acabou perdendo Hong Kong para a Inglaterra.
Com o passar do tempo, a China não abrira ainda os portos e isso veio a surgir mais uma guerra declarada pela Inglaterra contra a China, que por sinal foi destruída novamente.
A China, por perder esta guerra foi obrigada a assinar o Tratado de Tanquim que consistia em abrir os 5 portos que não abrira ainda mais 11 portos para o comércio com o exterior.
Neste contexto, a China estava totalmente falida, sua economia estava uma miséria e então começaram a surgir grupos chineses que planejavam um meio de expulsar os estrangeiros de seu país.
A Inglaterra descobriu e com a ajuda dos EUA, França, Rússia e Japão acabaram com estes grupos secretos.
Estudantes e intelectuais começaram a achar que a única forma de expulsar os estrangeiros do país seria proclamando uma república.
Em 1912 Sun Yatsen proclamou a república, mas para a infelicidade chinesa os estrangeiros não foram expulsos, a proclamação de uma república não adiantara de nada. Devido a isso, Sun Yatsen não permaneceu por muito tempo no poder.
Os estudantes e intelectuais começaram a fazer manifestações contra o japão que estava impondo regras e condições sobre a China na Conferência de Paris.
Nisso, foi criado a Kuomintang (Partido nacionalista), com o apoio da URSS e do Partido Comunista Chinês e era liderada por Sun Yatsen.
Em 1925 Sun Yatsen morre e Chiang Kai-chek sobe ao poder, desfazendo a aliança com a Kuomintang e perseguindo seus membros severamente.
Com isso uma guerra civil acendera-se, comunistas contra nacionalistas e os comunistas só estavam sendo derrotados.
Os comunistas se refugiaram para o interior do país e Mao Tsé-Tung criou o Exército Vermelho.
Aproveitando da guerra civil de chineses contra chineses o Japão invade  a China.
Em 1934-1935 ocorre a Longa Marcha liderada por Mao Tsé-Tung que consiste em cerca de 150.000 pessoas caminhando 10.000 Km para aderir pessoas (a maioria camponeses) para o Partido Comunista Chinês.
Durante esse tempo, o Japão continua a invadir a China e Chiang Kai-Chek se vê obrigado a aliar-se com os comunistas para tirar os japoneses do país.
Após a Segunda Guerra Mundial o Japão se retira da China totalmente destruído e Chiang Kai-Chek torna a reascender a guerra civil entre nacionalistas e comunistas.
De um lado os comunistas com o apoio da URSS e de outro os nacionalistas com o apoio dos EUA, mas não adiantou de nada o esforço nacionalista, pois os comunistas invadiram Pequim (atual Beijing) e proclamaram a República Popular da China.
Isso obrigou que Chiang Kai-Chek se refugiasse em Taiwan e lá proclamou a República Nacionalista da China.
As consequências disso foi ter uma China bipolar, mas a China comunista nunca aceitou a independência da China nacionalista.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Ásia: Hidrografia

A ásia é um continente de grande diversidade hidrogáfica contendo rios, lagos e até planícies decorrentes destes.
Um exemplo são os rios Ganges e Bramaputra, cujo delta (formação semelhante a um triângulo na foz dos rios), deles formam uma planície de sedimentação.
Esta planície de sedimentação está localizada em um país com elevado índice populacional, Bangladesh, com mais de 160 milhões de habitantes sendo 1.102 por quilômetro quadrado.
Além dos rios, encontramos lagos asiáticos importantes como o Baikal localizado na Rússia, Balkhash localizado no Cazaquistão e outros como o Mar Cáspio que divide a Ásia da Europa, Mar de Aral e Mar Morto.
Os lagos e rios localizados nas altas latitudes do continente asiático são congelados no inverno rigoroso.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Momento de Descontração

Olá pessoal, venho através deste recomendar àqueles que gostam de ler livros um livro que acabei de terminar de ler. O título do livro é "O gato sou eu" de Fernando Sabino. Trata-se de um livro de contos e eu gostei muito! São vários contos de diversos temas muito interessantes! Leiam!




quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Salvo pelo Flamengo - Paulo Mendes Campos


Desde garotinho que não sou Flamengo, mas tenho pelo clube da Gávea uma dívida séria, que torno pública nesse escrito. Em 1956, passei uma semana em Estocolmo, hospedado em um hotel chamado Aston. Era primavera, pelo menos teoricamente, havia um congresso internacional na cidade, os hotéis estavam lotados, criando contratempo para turistas do interior ou estrangeiros. A recepção do Aston, por exemplo, vivia sempre cheia de gente implorando por um quarto ou discutindo a respeito de uma reserva feita por telegrama ou telefone.
Estava há dois ou três dias na cidade, quando me pediram para receber um brasileiro e encaminhá-lo ao hotel, onde lhe fora reservado de fato um apartamento. Era uma hora da madrugada quando entramos no hotel e me encaminhei até o empregado do balcão, dando-lhe o nome do meu amigo e lembrando-lhe a reserva. O funcionário, homem, de uns sessenta anos e de uma honesta cara escandinava, tomou uma atitude estranha e difusa, que a princípio me surpreendeu e ia acabando por me indagar: ele não confirmava a existência da reserva, nem deixava de confirmar. Como começasse a protestar, vi que seu rosto tomava uma expressão aflita; eu entendendo cada vez menos. Quando passei a exigir o apartamento com alguma energia, o homem, trêmulo, nervoso, pediu-me desculpa e trouxe afinal a ficha de identificação. Foi aí que vi levantar-se da penumbra de uma saleta contígua e gigante.
Se o leitor conhece um homem forte, muito forte mesmo, imagine uma pessoa duas vezes mais forte, e terá uma ideia desse gigante que veio andando até nós, botando ódio pelos olhos e espetacularmente bêbedo. O monstro passou por cima com desprezo e, agarrando o empregado pela gola do uniforme, entrou a sacudi-lo e insultá-lo em sueco. Às vezes, éramos arrolados nessa invectiva, pois o gigante nos apontava enquanto dizia coisas. O empregado,
demonstrando possuir um bom instinto de conservação, deixava-se sacolejar à vontade. Rosnando, o ciclope foi sentar-se de novo na saleta, onde só então dei pela presença de outro sujeito, também bêbado, mas sinistramente silencioso.
É hoje, pensei. Saí do meu Brasilzinho tão bom, fazer uma viagem imensa, para ser trucidado sem explicação por um bêbado. O fato de ser na Suécia, onde arbitrários atos de violência não são comuns, ainda tornava mais absurdo, um absurdo existencialista, o meu triste fim.
Indaguei ao empregado o que se passava. Ficou mudo. Insistia na pergunta, e ele, sussurrando desamparadamente, explicou-me que o gigante estava a pensar: primeiro, que não conseguira vaga no hotel por ser sueco e estar embriagado; segundo, que nós conseguiríamos por ser americanos, e norte-americanos. Ora, se meu amigo de fato era meio ruivo, seu jeitão era mineiro; quanto a mim, se fosse americano só poderia ser filho de portugueses. Por outro lado, o meu inglês amarrado não deixava a menor dúvida sobre a questão de ser ou não ser americano. Só mesmo um sueco bêbado em uma madrugada de neve e vento iria supor que fôssemos americanos. Mas agora era o próprio gigante que bradava para nós com sarcasmo e ira:
─ American! American!
Fiquei um pouco mais esperançoso, acreditando que ele falasse inglês, e disse-lhe, exagerando minha alegria e o meu orgulho por isso, que não éramos americanos coisa nenhuma, éramos brasileiros.
Não entendeu ou talvez pensou que estivéssemos covardemente a renegar a nossa pátria, voltando vociferar, em um esforço linguístico que contraia todos os músculos do seu rosto:
─ American! Dólar! No like!
Essa versátil discussão ia levar-me ao abismo, quando de súbito me apareceu que a palavra “Brasilian” havia penetrado enfim em sua testa granítica. Descontraindo os músculos, o gigante me perguntou:
─ Brazil?! No american? Brazil?
Não tinha certeza se ele estava me gozando, mas sua expressão era tão estranhamente deslumbrada e infantil que afirmei cheio de entusiasmo:
─ Yes, Brazil.
Ele se levantou, cambaleou, aproximou-se, apontou meu amigo:
─ Brazil, Brazil.
Veio chegando, sorrindo, em pleno estado de graça e grito com alma, como se saltasse o nascimento de um mundo novo.
─ Flamengo!! Flamengo!!
Imediatamente o gigante entrou em transe e começou a fazer problemáticas firulas com uma bola imaginária, mas dando a entender cabalmente o quanto ele admirava (admirava é pouco: o quanto ele amava) o malabarismo dos nossos jogadores. O gigante se desencantara, virando menino. A certa altura, depois de fazer um passe de letra, parou e confessou-me com um orgulho caloroso:
─ I Flamengo! I Rubens!
Ele não era sueco, não era gigante, não era bêbado, não era um ex-campeão de hóquei (conforme soube depois), era Flamengo, era Rubens.
─ You! Flamengo?
Que o Botafogo me perdoe, mas era um caso de vida ou morte, e também gritei descaradamente:
─ Flamengo! Yes! Flamengo! The greatest one!

(Obra retirada do facebook de Leonardo Valdez)

Como se fora um coração postiço - Rubem Braga

Nasceu, na doce Budapeste, um menino com o coração fora do peito. Porém – diz um Dr. Mereje – não foi o primeiro. Em São Paulo, há sete anos, nasceu também uma criança assim. “Tinha o coração fora do peito, como se fora um coração postiço.”

Como se fora um coração postiço... O menino paulista viveu quatro horas. Vamos supor que tenha nascido às cinco horas. Cinco horas! Cinco horas! Um meu amigo, por nome Carlos, diria:

-... a hora em que os bares fecham e todas as vitudes se negam....

Madrugada paulista. Boceja na rua o último cidadão que passou a noite inteira fazendo esforço para ser boêmio. Há uma esperança de bonde em todos os postes. Os sinais das esquinas – vermelhos, amarelos, verdes – verdes, amarelos, vermelhos, borram o ar de amarelo, de verde, de vermelho. Os olhos inquietos da madrugada. Frio. Um homem qualquer, parado por acaso no Viaduto do Chá, contempla lá embaixo umas pobres árvores que ninguém jamais nunca contemplou. Humildes pés de manacá, lá embaixo. Pouquinhas flores roxas e brancas. Humildes manacás, em fila, pequenos, tristes, artificiais. As esquinas piscam. O olho vermelho do sinal sonolento, tonto na cerração, pede um poema que ninguém faz. Apitos lá longe. Passam homens de cara lavada, pobres, com embrulhos de jornais debaixo do braço. Esta velha mulher que vai andando pensa em outras madrugadas. Nasceu, em uma casa distante, em um subúrbio adormecido, um menino com o coração fora do peito. Ainda é noite dentro do quarto fechado, abafado, com a lâmpada acesa, gente suada. Menino do coração fora do peito, você devia vir cá fora receber o beijo da madrugada.

Seis horas. O coração fora do peito bae docemente. Sete horas – o coração bate... Oito horas – que sol claro, que barulho na rua! - o coração bate...

Nove horas – morreu o menino do coração fora do peito. Fez bem em morrer, menino. O Dr. Mereje resmunga: "Filho de pais alcoólatras e sifilíticos..." Deixe falar o Dr. Mereje. Ele é um médico, você é o menino do coração fora do peito. Está morto. Os "pais alcoólatras e sifilíticos" fazem o enterro banal do anjinho suburbano. Mas que anjinho engraçado! - diz Nossa Senhora da Penha. O anjinho está no céu. Está no limbo, com o coração fora do peito. Os outros anjinhos olham espantados. O que é isso, seu paulista? Mas o menino do coração fora do peito está se rindo. Não responde nada. Podia contar a sua história: "o Dr. Mereje disse que..." - mas não conta. Está rindo, mas está triste. Os anjinhos todos querem saber. Então o menino diz:

- Ora, pinhões! Eu nasci com o coração fora do peito. Queria que ele batesse ao ar livre, ao sol, à chuva. Queria que ele batesse livre, bem na vista de toda a gente, dos homens, das moças. Queria que ele vivesse à luz, ao vento, que batesse a descoberto, fora da prisão, da escuridão do peito. Que batesse como uma rosa que o vento balança...

Os anjinhos todos do limbo perguntaram:

- Mas então, paulistinha do coração fora do peito, pra que é que você foi morrer?

O anjinho respondeu:

- Eu vi que não tinha jeito. Lá embaixo todo mundo carrega o coração dentro do peito. Bem escondido, no escuro, com paletó, colete, camisa, pele, ossos, carne cobrindo. O coração trabalha sem ninguém ver. Se ele ficar fora do peito é logo ferido e morto, não tem defesa.

Os anjinhos todos do limbo estavam com os olhos espantados. O paulistinha foi falando:

- E às vezes, minha gente, tem paletó, colete, camisa, pele, ossos, carne, e no fim disso tudo, lá no fundo do peito, no escuro, não tem nada, não tem coração nenhum. E quando eu nasci, o Dr. Mereje olhou meu coração livre, batendo, feito uma rosa que balança ao vento, e disse, sem saber o que dizia: "parece um coração postiço". Os homens todos, minha gente, são assim como o Dr. Mereje.

Os anjinhos estavam cada vez mais espantados. Pouco depois começaram a brincar de bandido e mocinho de cinema e aí, foi, acabou a história. Porém o menino estava aborrecido, foi dormir. Até agora, ele está dormindo. Deixa o anjinho dormir sono sossegado, Dr. Mereje!

(Obra retirada do facebook de Leonardo Valdez)

Ásia: Relevo

A Ásia é o maior continente do mundo o que faz com que ela tenha uma grande diversidade de climas, relevo, vegetação e etc. Todos estes fatores são influenciados pela latitude, altitude, a presença de muitas montanhas que impedem a circulação de massas de ar e a continentalidade por ser um continente de grande extensão de leste a oeste.
O relevo do continente asiático é composto por montanhas, planaltos e planícies. Todos eles são frutos de agentes internos do relevo (dobramentos, falhamentos, terremotos e vulcanismo).
O continente asiático possui o mais alto pico do mundo, a cordilheira do Himalaia, com cerca de 8.848 m. Além da cordilheira do Himalaia é importante lembrar de montanhas importantes como a cadeia Tian Shan e os montes Saian e Altai, ambos localizados na região central do continente.
Como dito anteriormente, além de montanhas a Ásia é composta por planaltos importantes como o planalto Pamir, localizado entre as fronteira do Paquistão, Afeganistão e Tadjiquistão, o planalto do Tibete localizado no sul da China, o planalto central Siberiano, entre outros.
As planícies mais importantes que se destacam em uma grande região do continente asiático são planícies como: planície da China localizada entre os rios Hoang-ho (Rio Amarelo) e Yan tsé-kiang (Rio Azul), planície da Mesopotâmia localizada entre os rios Tigre e Eufrates, planície Indo-Gangética localizada ao norte da Índia, planície da Sibéria localizada ao norte da Rússia, planície do Amur localizada ao norte da Manchúria, entre outras.

Gostou? Seja um seguidor, comente as postagens e ajude a divulgar o blog!

terça-feira, 7 de agosto de 2012

O que se entende por Física?

A física, diferente da química que estuda os componentes da natureza, de que forma estes componentes se ligam e do que eles são compostos ela estuda as forças e energias envolvidas na natureza.
Ela começou a ser vista e desenvolvida a partir de Galileu Galilei que provou a teoria heliocentrista com suas observações através do telescópio. Assim por diante a física foi bastante desenvolvida e aderiu a físicos ótimos, como os grandes conhecidos Albert Einsten, Werner Heisenberg, Max Planck e vários outros.
Albert Einsten é mundialmente conhecido por suas teorias e uma delas é a Teoria da Relatividade, a qual farei um post exclusivo para explicá-la.
A física dividi-se em: mecânica (estuda o movimento dos corpos), eletromagnetismo (estuda fenômenos elétricos e magnéticos), termologia (estuda o calor), ondulatória (estuda as ondas como a da luz, som, mar e etc), acústica (estuda o fenômeno sonoro e suas propriedades) e óptica (estuda a luz e suas interações com o meio material). 
Nos próximos post's explicarei cada uma de suas subdivisões.

O que são orações subordinadas reduzidas? E as desenvolvidas?

Todas as orações subordinadas, seja ela adverbial, substantiva ou adjetiva que possuem um conectivo (conjunção subordinada ou pronome) e que estão no modo indicativo, imperativo ou subjuntivo, são orações subordinadas desenvolvidas.
Mas afinal, o que seria então a tal da oração subordinada reduzida?
Como o próprio nome diz ela é uma oração reduzida devido ao fato de não possuir conectivo (conjunção subordinada ou pronome). Além de não possuir pronome, os seus modos são diferentes. As orações subordinadas reduzidas geralmente se encontram no modo gerúndio, particípio ou infinitivo. Caso seja uma oração subordinada adverbial condicional ela se classificaria da seguinte forma: "Ao viajar, não tome bebidas alcoólicas", como vocês podem ver o verbo viajar está no infinitivo, isto significa que a oração ficaria classificada da seguinte forma: Oração Subordinada Adverbial Condicional Reduzida de Infinitivo.
Sempre que uma oração reduzida for de infinitivo lembrem-se da substantiva, pois a substantiva só aparece se a oração for de infinitivo. Já se as orações forem de gerúndio ou particípio elas só poderão ser adverbial ou adjetiva.
Lembrando a vocês que uma oração reduzida de infinitivo pode ser também adverbial ou adjetiva, mas analisem sempre com prioridade a substantiva, afinal ela só é presente na reduzida de infinitivo.